Justiça considera ilegal greve dos professores em Dourados pelo segundo ano consecutivo
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“Esse é o último recurso enquanto categoria luta por qualidade e infraestrutura para os alunos da Rede Municipal sem retorno do prefeito”, afirma vereador Elias Ishy
O Município de Dourados pode evitar a greve, segundo o vereador Elias Ishy. O parlamentar esteve na prefeitura na quinta-feira (10) tentando intermediar uma negociação da administração com o Simted, mas não obteve retorno. “A culpa não é da categoria e não é o movimento que vai prejudicar os 33 mil alunos, é a falta de diálogo, transparência e valorização por parte do Poder Público”, afirma.
De acordo com o vereador, a greve é o último recurso diante da falta de debate da gestão municipal. “Os professores estão reivindicando seus direitos e cobrando melhorias nas escolas. É papel do prefeito receber o sindicato e buscar atender as justas reivindicações da categoria. A postura do governo municipal de não abrir o diálogo de forma transparente que o torna responsável pela paralisação. Para ele, a educação deve ser uma das prioridades”, justifica.
Ishy lembra que nos últimos dois anos, a categoria tentou, ao máximo, diminuir os impactos da pandemia e da desigualdade na educação, por vezes trabalhando três períodos, com atendimento a aqueles que não conseguiam fazer contato no horário de trabalho, gastando a própria energia, internet, telefone, adquirindo materiais eletrônicos para atender a todos. Para ele, o ato é o último recurso, a última saída, para quem desde 2017 está sem reajuste e diante de uma realidade que tem aumento de preços de itens básicos do consumidor, como combustível e cesta básica.
Além disso, a escola, para receber os alunos, de acordo com o vereador, precisa estar em condições dignas de trabalho no ambiente escolar, insumos, infraestrutura e profissionais suficientes, como no caso da educação especial. Ishy, inclusive, acionou o Ministério Público sobre o processo seletivo neste último caso. A comunidade escolar relata, por exemplo, a falta de professores apoio e estagiários, também sobre o calor que as crianças passam em sala de aula.
O Simted informou que a reunião marcada para o dia quatro de março, após muita insistência, foi desmarcada sem justificativa e o prefeito não atendeu o sindicato pessoalmente. Ishy lembra que enquanto os profissionais não recebem a atenção merecida e lutam pelo piso de R$ 3.845,63, o salário do prefeito e secretários aumentaram. “Não só a educação, como também a saúde, pedem urgência”, justifica.
Na segunda-feira, dia 14, a partir das 7h30, os profissionais estarão na praça Antônio João para conversar com a população sobre a situação.
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